"Questão a resolver: como conciliar a crença que o mundo é, em grande parte, uma ilusão, com crença na necessidade de melhorar essa ilusão? Como ser simultaneamente desapaixonado e não indiferente, sereno como um velho e ativo como um jovem?" Aldous Huxley

domingo

http://www.youtube.com/watch?v=QbeHq1CLqJ8

Estou improdutiva para textos. Ultimamente escrevo minha tese em duas linhas, e então me foge qualquer inspiração para continar a escrever. É como se, ao colocar em palavras algo no qual eu acredito, aquilo se mostrasse simplesmente tão óbvio que eu não enxergue necessidade nenhuma em alongar-me no assunto. Também ando cansada de discutir comigo os meus dilemas, apenas os ouço e calo. Se por um lado sinto a vontade crescente de nunca mais falar com ninguém e definhar envolta em minha dor infundada, também se faz presente uma preguiça de tudo isso. Preguiça de me fazer triste, preguiça de me destruir. Porque é uma tarefa árdua, saibam. Pensar o tempo todo, sempre a maquinar agulhadas, me vigiar e censurar... Estou entediada comigo. Sabe aquela relação de casal de meia idade em que um já sabe tudo o que o outro vai dizer, como vai reagir e as sensações que isso despertará? Aquele tipo de casal que já está tão enfastiado de tudo que o parceiro tem a oferecer, que simplesmente se viram para lados opostos e abrem um buraco negro na cama de casal, enquanto reconsideram as solidões do dia assim como deve ser: sozinhos. Essa é a minha relação comigo. Velha, desgastada, monótona e impotente. E é isso, a minha tese.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

pff, tá mesmo perdendo seu tempo?