"Questão a resolver: como conciliar a crença que o mundo é, em grande parte, uma ilusão, com crença na necessidade de melhorar essa ilusão? Como ser simultaneamente desapaixonado e não indiferente, sereno como um velho e ativo como um jovem?" Aldous Huxley

quinta-feira

Regras de uma sociedade confusa.

É tão cansativo pregar que a vida foi feita para ser vivida acima de problemas estúpidos, quase tão cansativo quanto se preocupar com cada probleminha.

Porque fingimos tanto? Quem afinal tentamos impressionar pintando incansáveis máscaras? Se realmente ligamos para o que pensam, porque é tão necessário ao ego agir impulsivamente? Como pode ser errado se deixar abater por insignificâncias num mundo tão insignificante? Alias, porque estou querendo entender coisas que juro não julgar importantes?

As regras pregam como devemos ser, mais a verdade é que somos exatamente o contrario. Regras foram feitas para serem quebradas, logo são só mais um tópico na lista de exigências desnecessárias. Então a verdade mais pura é que todo esse padrão de comportamento só existe para não ser seguido. Talvez por isso não saibamos o que é perfeição.

Ser perfeito: ser como se deve ou ser como se é? Eu sou como sou, mas tento ser o que devo. Não consigo ser o que devo, me perco sendo o que sou. Seja o que for a perfeição, é perfeitamente distante, e seja lá qual for o modelo certo, é certamente errado.



4 comentários:

  1. (juro que li umas duas vezes o último parágrafo pra entendê-lo)

    sabe… perfeição é só um substantivo. porque tudo que é perfeito não tem defeitos, certo? mas são os defeitos que nos diferenciam. sim, defeitos. defeitos nos dão nossa graça. obviamente que depende do que você considera ser um defeito, mas isso também nos diferencia.
    logo, tudo que é perfeito, não é perfeito, pois não possui defeitos.

    você pensa em coisas que não julga importantes e pensáveis justamente por isso. é bom ocupar a mente com coisas que não nos atormentem tanto a alma. (tudo bem que, depois, elas vão acabar nos atormentando tanto quanto coisas pensáveis – damos a isso o nome de futilidade. ou tédio. oi). e isso é completamente saudável.

    conclusão do dia: somos adolescentes.

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  2. quanto mais buscamos o que não temos, mais nos perdemos na realidade do que somos…eu acho q mais ou menos assim.

    xD… “Não consigo ser o que devo, me perco sendo o que sou” é exatamente isso. A incansável insatisfação do ser humano…

    Profundo esse texto.
    ^^

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  3. conclusão do dia: somos adolescentes. com certeza. merda. o pior é que eu adoro tudo isso. masoquista? não: pura e simplesmente adolescente. gr.

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  4. Olá, como vai?
    Adorei o seu blog e o que escreveu.
    Parabéns!!

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pff, tá mesmo perdendo seu tempo?